SAUDAÇÕES

O Blog da Revista Profile conta com todas as notícias da primeira edição da revista, além de itens multimídia como vídeos e áudios. A interatividade fica por conta das enquetes, do Twitter e do conteúdo especial, a realidade aumentada. Pessoas do mundo todo podem acessar o blog. Você pode visualizar o blog em 55 línguas diferentes. É só escolher!
Há também a seção Conheça a Equipe, com páginas pessoais e fotos de cada repórter.
Ouça sua música preferida com o Ipod Profile com conteúdos exclusivos.
EQUIPE PROFILE

quinta-feira, 20 de maio de 2010

Quando a tecnologia atrapalha

Por LG Rodrigues

Estudos indicam que a dependência das novas tecnologias por parte dos jovens cresce, assim como as novidades direcionadas para o setor

Por acaso você usa algum aparelho eletrônico com muita frequência? Provavelmente sim, afinal o século XXI representou uma explosão tecnológica de proporções gigantescas para a história da humanidade. Utilizar tais aparelhos apenas para otimizar seu cotidiano é algo aceitável e muito normal nos dias de hoje. Entretanto, quando a utilização deles foge do controle e o conforto é tomado pela obsessão, o cenário muda indicando que talvez seja a hora para começar a maneirar, não apenas com o uso excessivo dos aparelhos high-tech, mas também com a dependência de internet e afins.

Às seis horas da manhã o celular da estudante paulistana de 17 anos, Karine Penha, dispara seu alarme e rapidamente ela desperta. É o celular da jovem que a alerta todos os dias sobre o começo de uma nova manhã, e ainda é o mesmo aparelho que lhe servirá de MP3 player durante o caminho de alguns poucos quilômetros que ela faz até o cursinho preparatório para vestibular mais próximo de sua casa.

Andar sem o seu “amado” celular é algo fora de questão. “É como se não pudesse viver sem ele, o dia não irá correr como de costume”, comenta Karine. O aparelho telefônico é simplesmente o melhor amigo da jovem enquanto ela passa seu dia. Ela ainda revela que já utilizou o aparelho até mesmo para dar uma “mãozinha” durante as provas, passando cola para seus colegas de classe.

Não fosse suficiente um aparelho celular, Karine possui dois. Ela diz que o primeiro já possuía há algum tempo, foi quando ganhou um segundo celular e passou a utilizar ambos os aparelhos. Quando indagada o porquê disso ela diz que não sabe precisar exatamente a necessidade de ter mais que um. “Sabe que eu não sei? Eu tinha um, aí ganhei outro e continuo usando os dois, eu era dependente de um e este era suficiente agora preciso dos dois. A não ser que eu ganhe um outro com dois chips”.

Tirando o celular que a auxilia desde que acorda até quando ela dorme, a jovem também diz que seu computador é grande aliado tanto na hora de relaxar quanto na hora de trabalhar. “Boa parte dos meus trabalhos pro cursinho faço no meu PC”. Quando perguntada sobre as horas livres ela diz que passa um bom tempo navegando, embora nem tanto quanto no passado. “Uso muito o MSN e Orkut para conversar com meus amigos, até mesmo agora para te dar a entrevista, mas já não passo tanto tempo online quanto costumava, agora que estou me preparando para o vestibular do ano que vem”.

Porém quando perguntada sobre qual item tecnológico que possui do qual ela é mais dependente a resposta vem sem nenhum tipo de hesitação. “Minha chapinha. Não conseguiria sobreviver sem ela de jeito algum, é minha companheira que eu nunca passo um dia sequer sem usar”, finaliza a estudante.

Essa dependência por eletrônico ainda não possui um nome oficial, porém pode ser chamada de Síndrome de Contato Permanente. Mas por que isso se dá? Por que alguns jovens chegam a roubar dinheiro apenas com o intuito de freqüentar lan-houses? A resposta seria a junção de muitas informações com o crescente interesse pelas novas tecnologias, o que acaba causando uma euforia no cérebro das pessoas e as deixa em estado alerta o que causa uma sensação agradável para a mente humana.

De acordo com a psicóloga Sandra Martins de Lima, as pessoas que desenvolvem a síndrome já apresentam alguma doença antes, como fobias, depressão ou baixa autoestima. “Até mesmo uma família desestruturada pode ser a causa de dependência tecnológica em um jovem dos dias de hoje”.

A tecnologia, portanto, acaba se tornando uma espécie de refúgio para os problemas pessoais dos jovens, os quais sem dúvidas tentam fugir do mundo real ou construir uma realidade própria, uma vez que o uso dos eletrônicos deixa o cérebro mais relaxado e sem conseguir distinguir a vida real da imaginária.

Por isso é necessário que se mantenha um controle sobre o uso dos aparelhos tecnológicos e que se imponha um limite que defina até onde o uso de tal aparelhagem é por mero conforto e diversão ou quando passa a se tratar de uma necessidade desenfreada. Isso sem contar que a utilização excessiva de alguns aparelhos como o computador pode acarretar em outros problemas como de visão e até mesmo de postura. “Impor limites ainda é a melhor maneira de prevenir que os aparelhos tecnológicos venham a interferir na vida dos jovens, e esse limite cabe aos pais definir”.

Quando o jovem já atingiu uma idade mais madura, porém aí esse limite deve ser colocado pelo próprio usuário. Foi o que aconteceu, por exemplo, com Lucas Patrício, o qual trabalha com relações públicas e adora qualquer tipo de “bugiganga” eletrônica. Por e-mail, ele respondeu. “Apesar de a tecnologia fazer parte do meu dia-a-dia e eu ser aficionado por ela, não me considero nem um pouco viciado. Tenho costume de sempre me manter atualizado sobre o assunto, gosto de ter aparelhos bacanas, mas isso está longe de ser um vício.”

Assim como a jovem Karine, Lucas diz que a internet também é uma ótima maneira de interagir socialmente com outras pessoas, mas como tudo na vida é necessário manter um equilíbrio. “Eu saio todos os finais de semana com minha namorada, amigos, jogo bola, como qualquer outra pessoa.”

Quanto a gastos, ele revela que de vez em quando passou da conta, porém não é algo que acontece frequentemente e que assim como nas saídas de casa ele também sabe controlar e equilibrar. “Tem gente que gasta o salário inteiro no super-mercado, outros no cabeleireiro... É uma escolha individual.”

No fim das contas, o que fica é o seguinte recado: não deixe de usar as novas tecnologias, pelo contrário, mantenha-se sempre atualizado sobre novos assuntos, aparelhos e etc. Mas como tudo na vida, é necessário que o próprio usuário mantenha certo controle sob aquilo que ele faz. Verificar se anda abusando além da conta na hora de se divertir de forma high-tech é um conselho dos economistas e psicólogos. Assim como Sandra aconselha: “Quem sabe dosar, sabe usar”.

Chapinha vira item de bolsa - Nos últimos anos a chapinha tem ficado cada vez mais famosa entre as jovens adolescentes, porém a história dela não é tão nova quanto a de suas usuárias. Muito pelo contrário, ela começa ainda no século XIX, quando Jessica Levinson Young usou bastões de metal para alisar os cabelos, ainda no ano de 1882. Mas a chapinha mais próxima daquelas utilizadas nos dias de hoje foi criada pela escocesa Lady Jennifer Bell Schofield, a qual aperfeiçoou o design do aparelho em 1912.

A jovem estudante de jornalismo Mariana Serra, 19 anos já está ainda mais a frente de seu tempo. A jovem está na redação de seu programa televisivo, onde trabalha como repórter, quando recebe uma chamada para gravar uma matéria, sem a menor sombra de dúvidas a jornalista tira uma minichapinha da bolsa e corre para o banheiro onde vai dar uma retocada no cabelo. É isso mesmo, a novidade que é bem mais compacta que a original, já é item indispensável na bolsa de muitas garotas preocupadas em manter o cabelo em perfeito estado não importa a ocasião.

Mariana diz que já usava chapinha anteriormente, quase sempre em casa, porém ganhou de presente de aniversário uma minichapinha e um minisecador, os quais ela passou a levar junto de si na maioria das vezes. “Quase sempre que vou trabalhar ou na casa de alguma amiga eu levo junto pro caso de precisar dar algum retoque no cabelo”. E além de ser bem menor e de fácil uso as “minichapinhas” também são mais baratas, o que está facilitando a popularização do novo acessório de bolsa.

A internet como comércio - A dona de casa Cristiane Ferreira dos Santos, 44, acessa sua página pessoal do Orkut quando recebe um pedido de entrega de um cachecol, ela responde ao recado, acerta os detalhes do preço, entrega e assim faz mais uma venda. E assim como ela muitas outras pessoas aderem a sites de relacionamento com o intuito de encontrar novos clientes e comercializar seus produtos.

Para isso, Orkut, Facebook, MySpace e diversos outros web sites tem agregado cada vez mais que os usam mais como uma ferramenta de trabalho do que como forma de se divertir. Cristiane conta que vende cachecóis desde 2007 e inicialmente vendia cachecóis pessoalmente, porém possuía fotos no Orkut onde ela aparecia vestindo os itens. Foi quando as peças começaram a se popularizar e a surgir diversos pedidos. Nessa hora ela resolveu expô-los pela internet já com a intenção de divulgar o trabalho e vender, o que acabou dando muito certo. Cristiane ainda tem ajuda da filha Manuella, a qual conta que a mãe não teve problemas para mexer com a internet. “Ela tem mais manhas do que eu na hora de usar”.

0 comentários:

Postar um comentário